terça-feira, 26 de julho de 2016

Jesus - Vencendo no deserto

"Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
  E tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome."


Como é bom aprender com o Mestre! Isso simplesmente me impressiona e noto em como o Senhor se fez exemplo para nos orientar a chegar no nosso objetivo que é chegar em Canaã celestial.
Em Mateus 4, encontramos Jesus caminhando rumo a um desafio espetacular onde triunfou sem usar nenhum armamento de guerra do homem, não derramou sangue, não fez justiça com as próprias mãos, não gritou, não blasfemou, nem murmurou.
Vamos analisar:
    Jesus foi parar no deserto, como nós também muitas vezes acontece com a gente, não tem como evitar,  ele vem sem aviso prévio como pavor repentino, não pede licença e não é incomum ficarmos sem chão quando ele vem. Jesus também enfrentou essa situação. A diferença aqui se nota pelo condutor, por quem  Ele foi levado a esta situação. Foi levado pelo Espírito. Bem diferente do que entrar no deserto pelas próprias pernas como muitas vezes nós entramos. Exemplo disso é encontrado quando Agar depois de ter sido entregue a Abrão, como possibilidade de provedora da realização da promessa. Sarai pensou que entregando sua escrava resolveria o problema. Agar depois de ter concebido se envaideceu e começou a menosprezar sua senhora de  modo que Sarai reagiu afligindo Agar. Agar fugiu e com suas próprias pernas, foi rumo ao deserto. Só que deserto não é um bom lugar pra se refugiar quando se está em desobediência e para sair dele com vida precisa voltar para o ponto onde caiu, se arrepender e se humilhar como fez Agar depois de ser aconselhada pelo anjo do Senhor. O outro exemplo é o mostrado por Jesus que foi conduzido pelo Espírito e todas as vezes em que o somos levados assim é porque tem reservado para nós uma experiência espiritual ímpar de forma que ficará registrado para sempre em nosso coração. Será um momento de encontro com a sarça ardente, de revelação ministerial, de receber estratégias de guerra, de estreitamento de intimidade com o Senhor e é isto que faz do deserto uma lição para a nossa caminhada. Bem sabemos que deserto não é um lugar nada confortável e tão pouco está em nossa lista de local ideal para fixar residência e este também não é plano de Deus para nós, local de escassez, de dependência total do poder do Altíssimo onde ficamos esperando a misericórdia Dele ao amanhecer, seja maná, seja codornizes. Local de frio estremo e de calor escaldante. Não tem geladeira cheia, conta bancária abençoada, não tem saúde nem amigos por perto. Jesus passou por isso, só que ao invés de olhar para as circunstâncias adversas do deserto , preferiu se entregar na busca constante da face do Senhor, mal entrou no deserto e entrou num propósito de jejum. Foram quarenta dias e quarenta noites sem comer,  priorizou alimentar seu espírito o que nos trás uma grande lição para vencermos o tão temido deserto. Buscando primeiro o reino de Deus e a sua justiça eleva o nível de revelação. Você começa a contemplar o mundo espiritual com outros olhos, a voz do Senhor se torna mais audível e a presença de Deus se torna indispensável. 

"Se o deserto é indispensável que seja conduzido pelo Espírito e não por nós mesmos. Se temos que ficar um tempo nele, façamos deste tempo para buscar a face do Senhor."

    Depois de 40 dias e 40 noites, Jesus teve fome. No versículo 3, encontramos a presença do terceiro personagem no deserto de Jesus e este estava atento ao momento propício para atacar. O diabo sabe muito bem a hora de agir e espera pelo momento em que estamos mais fragilizados. Jesus estava com fome. Um período intenso sem se alimentar faz com que o corpo se alimente de si mesmo para manter-se funcionando, a resistência humana é de 20 a 30 dias sem alimento e Jesus foi além disso. A fragilidade de um corpo sem comer foi intensificada pelo desgaste de se manter de pé e vivo num período longo de sol escaldante e noites congelantes foi o alvo perfeito para o investimento do adversário. 

"Fique atento nos seu momento de fragilidade, este momento será aproveitado pelo diabo para te fazer pecar contra o Senhor."

Quando o diabo percebeu que Jesus estava com fome e não havia ali nada para que ele se alimentasse, sugeriu que transformasse pedras em pão. E quem disse que pedra se come? Que mentira, não é mesmo? E como ele é o pai da mentira usou de sua estratégia para assim fazer com que Jesus aceitasse sua mentira como se fosse verdade, porém a preocupação de Jesus em se consagrar ao Senhor lhe proporcionou o discernimento e elevou o nível quando respondeu que nem só de pão viverá o homem e sim de toda palavra que sai da boca do de Deus. Vê como é importante estar atento? Sansão não esteve quando comeu das vísceras do leão transformada em mel. 

" Atenção: não acredite nas mentiras do diabo como se fossem verdades anunciadas pelo nosso Deus."

Logo depois o diabo transportou a Jesus no alto do pináculo do templo e sugeriu que fizesse prova de Deus se jogando lá de cima. Só que deserto não é lugar de se achar no direito de colocar o Senhor contra a parede. Sara achou que poderia fazer assim e a consequência disso se estende até o dia de hoje^com os povos árabes. A resposta agora de Jesus foi que não se deve tentar o Senhor teu Deus. Por que será então que teimamos em fazer assim quando as coisas se apertam ou demoram a acontecer? Deserto é lugar de aprender que Deus não deve ser tentado e sim respeitada. Claro que o Senhor deu ordem aos seus anjos para nos guardar quando precisarmos disso sem proporcionarmos essa necessidade.

" Fique com o que está escrito na Palavra de Deus e nas condições em ela requer para ser eficaz em nossa vida."

Não satisfeito, o diabo oferece então todos os reinos desse mundo na condição de ser reverenciado e adorado por Jesus. Oferecer os reinos desse mundo ao Rei dos reis parece até inocência do adversário, não se deixe levar. Deserto é lugar de se concentrar para não prestar adoração errada. Deserto é lugar onde a fragilidade humana enxerga miragens que podem enganar e assim direcionar adoração a quem não é digno delas. O desejo maior do diabo é ser adorado por você, é ser reverenciado por você, é ser o seu deus e o seu dono oferecendo tesouros desta terra como pagamento por sua alma. Um espírito fortalecido supre a fragilidade da carne e assim 
o deserto não será fator de derrota e sim de caminho pra chegar do outro lado. Nunca foi intenção do nosso Senhor tirar Israel do Egito para faze-lo perecer no meio do deserto e sim fazer do deserto um caminho para chegar em Canaã, proporcionando para o seu povo uma experiência de saberem o que é andar com Ele pelo deserto. Houve ali provisão diária. Houve ali testemunhos lindos. No nosso deserto, quando conduzidos pelo Espírito, não é diferente, percebemos o zelo do Senhor em nos fazer passar por ele com triunfo, por isso é tão importante conhecer a Palavra de Deus e afirmar com convicção o "está escrito". Esta convicção aliada a uma vida separada para o Senhor com jejum e oração nos permite vencer o inimigo em nossa condição humana como a que Jesus estava. Não aconteceu ali nenhum uso de poderes sobrenatural para derrota-lo e sim o uso de uma vida consagrada e alicerçada na Palavra de Deus praticada, afinal, somente ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele servirás.
Se Jesus conseguiu, a gente consegue também. A estratégia nos foi ensinada neste texto de Mateus 4. 

" O diabo tentou se valer do lado humano de Jesus para assim o derrotar, cuide em fortalecer sua vida espiritual para suprir sua fragilidade humana, como fez Jesus. Aproveite o deserto para O adorar em espírito e em verdade que por certo no final da prova o Senhor enviará anjos para te servir."








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